EXPOSIÇÕES:

Este evento ficará marcado pelo ponto de encontro entre a arte e a ciência! Durante os dias 14 e 15 de Março de 2019, estarão expostas diferentes obras, que poderão ser apreciadas pelos participantes do ICOP.

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Contaremos com a presença de Ana Paula Lopes que apresentará o “Sweet December Project”!

 

Ana Paula Lopes, nasceu a 23 de Dezembro de 1977, natural de Oeiras. Vive em Albergaria-a-Velha, Aveiro.

Licenciada em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa, em 2004, sempre aliou várias vertentes das artes em tudo o que faz, nomeadamente fotografia, desenho e até em explorações gastronómicas diárias.

Neste momento, encontra-se a desenvolver vários projetos em diferentes áreas artísticas – Fotografia, Desenho e Ilustração, Design de Moda, Gastronomia, Dança e Música.

Foi diagnosticada em Junho de 2016, com cancro da mama, Her2+, grau 3, Ki67 >75%

Após o diagnóstico, dedicou-se a um projeto pessoal – “Sweet December Project”.

 

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“Sweet December Project”

O “Sweet December Project” trata-se de um projeto fotográfico incluindo autorretratos. Surgiu do “dever cívico” que Ana Paula Lopes considerava ter para com outras pessoas diagnosticadas com uma doença oncológica, que “sofrem em silêncio” com as alterações na imagem corporal deixadas pelas terapêuticas, bem como com o estigma associado à doença.

O nome do projeto, segundo a autora, baseou-se no facto do mês de Dezembro “(…) representar a estação mais fria do ano e sugerir um momento de introspecção demarcando as temporadas em que as noites são mais longas que os dias”.

As fotografias representam o seu “EU do passado, do presente e do futuro”, bem como a mutabilidade do EU entre os opostos, entre a luz e a sombra, entre a vida e a morte, traduzindo assim a aceitação dessas realidades.

A iluminação pretende acentuar estas diferenças, criando tensões paradoxais entre o universo particular (plural) e o universo colectivo (singular).

 

Este projecto é para aquele que está do outro lado do espelho e que se vai aprendendo a amar, tal e qual como é.

 

Citações:

“(…) todos nós sabemos que na extremidade oposta da nossa vida, aguarda-nos a nossa morte, mas insistimos em viver como se possuíssemos todo o tempo do mundo”.

“(…) observei lentamente o definhar da minha vitalidade a par da minha identidade”.

“Prisioneira dentro de um corpo desconhecido, perdi a noção da unicidade, da pertença e dos limites do meu corpo”.

“(…) mas a força do nosso espírito é inesgotável e foi ela que me fez ter resiliência para me levantar de cada vez que caía e continuar o meu caminho”.

“Aprender a aceitar a nossa realidade, no que ela tem de bom ou menos bom, é o caminho para sermos felizes.”